20 de outubro de 2008

Batata-frita quase sem sal.

A mãe solteira, em seu horário de almoço, logo depois de atender, no caixa do banco, 1 senhor de idade que não lembrava a senha de seu cartão e precisava tirar o dinheiro para guardar debaixo do colchão, já que as taxas de manutenção eram altas, foi comprar batata-frita para seu pequeno filho de 5 anos, que passou a manhã inteira assistindo Tv Xuxa e comendo bolacha Trakinas.

Comprou a batata e, ao sentar-se na mesa, posicionar seu filho estrategicamente, colocar sua bolsa na cadeira da frente e pegar os talheres pronta para comer, lembrou que tinha que pegar o sal.

Mal sabia ela que, em um momento de distração, na hora de escolher entre molho agridoce e molho shoyu, seu pequeno e indefeso filho, num momento de desbravamento de seu pequeno mundo, foi até o caixa, ficou nas pontas do pé e conseguiu, com muita dificuldade, alcançar o pacotinho de sal. Mal sabia ele que sua mãe iria elogiá-lo por um simples ato e não perceber o grande passo que o pequeno, agora um pouco maior, garoto dera naqueles 45 minutos de almoço.

(não sei ao certo como classificar esse texto / acho que é um conto / ou seria um texto? / ou seria uma crônica? / eu acho que deveria ser classificado como "irônica" / enfim / na produtora / ao som de Pro Dia Nascer Feliz - Cazuza / acordei cedo hoje / categoria do post: "mal sabiam eles que...")